RN é prata no atletismo em Tóquio

30 de Agosto de 2021 às 09:31

Atual campeã mundial, a potiguar Thalita Simplicio conquistou na madrugada do sábado (28) a medalha de prata nos 400m rasos da classe T11 (para deficientes visuais) nas Paralimpíadas de Tóquio. Ela fechou a final com o tempo de 56s80, fazendo o seu melhor tempo na carreira. A brasileira chegou 55 centésimos atrás da chinesa Cuiqing Liu (56s25), que bateu o recorde paralímpico. A colombiana Angie Pabon completou o pódio ao cruzar a linha de chegada em 57s46.

"Ela[Cuiqing Liu] já vem ganhando tudo desde 2015, mas em 2019 eu ganhei dela. Queria ganhar de novo, mas tudo tem seu dia e sua hora. Queria o ouro, mas a prata tem esse gosto do ouro. Ainda temos outras provas", disse a atleta potiguar, logo após a prova, em entrevista para a canal SporTV.

Em Tóquio, ela ainda vai participar das provas dos 100m e dos 200m T11. “Fizemos três tiros de 400 m em 24h. Demos o nosso melhor na pista”, disse Thalita após a prova.

Esta foi a segunda medalha da potiguar em Jogos Paralímpicos - ela também foi prata nos Jogos Rio 2016 (revezamento 4x100m)

Thalita Simplício começou no atletismo aos 15 em um projeto do CPB. A atleta potiguar nasceu com glaucoma. Ela tem baixa visão, mas, aos 12 anos, tornou-se totalmente cega. A atleta sempre praticou esportes: natação, karatê e goalball. Com 24 anos, além do título mundial dos 400m no Mundial de 2019, Thalita também foi segunda colocada na prova dos 200m em Dubai, há dois anos.

Antes de ingressar no atletismo, praticou balé clássico por nove anos. Começou a praticar a modalidade paralímpica em 2012 e, em sua primeira Paralimpíada, em 2016, no Rio de Janeiro, ela conquistou uma medalha. A prata veio no revezamento 4x100m livre T11-13, ao lado de Terezinha Guilhermina, Lorena Spoladore e Alice Correia.

Com a medalha de Thalita em Tóquio, o Rio Grande do Norte já tem dois pódios paralímpicos. Na última quinta-feira (28), Joana Neves, da natação, faturou o bronze no revezamento misto 4x50m livre, nas Paralimpíadas de Tóquio. A natalense foi a terceira atleta da equipe brasileira a cair na água, na prova. Daniel Dias, Talisson Glock e Patrícia Santos completaram o time terceiro colocado.

Aos 34 anos e na terceira paralimpíada, Joana Neves é uma das atletas mais experientes da delegação brasileira. E o bronze em Tóquio é a quinta medalha dela em Jogos. No Rio, em 2016, conquistou duas pratas e bronze. Em Londres, em 2012, um bronze.

Medalhas no atletismo

Além da prata de Thalita Simplício, o Brasil levou mais uma medalha na primeira parte do dia no atletismo da Paralimpíada de Tóquio: Julyana Cristina conquistou o bronze no lançamento de disco da classe F57 (atletas com lesão na coluna ou amputação nas pernas, que usam cadeiras de rodas), ao lançar para 30,49m.

O ouro foi para a uzbeque Mokhigul Khamdamova, com 31,46m. Já a prata ficou com a argelina Nassima Saifi, com 30,81m. A brasileira demonstrou regularidade, não queimou nenhum lançamento e ainda obteve as marcas de 30,36m, 30,28m, 29,41m, 28,66m e 29,63m nas demais tentativas.

Fonte: Tribuna do Norte