Com recorde sul-americano, Alison dos Santos garante vaga na final olímpica

2 de Agosto de 2021 às 20:10

O brasileiro ratificou mais uma vez a condição de um dos melhores atletas da especialidade do mundo, vencendo a segunda série das semifinais, com 47.31. Ele passou para a decisão das medalhas com o segundo melhor tempo na classificação geral

Bragança Paulista – Alison dos Santos garantiu na manhã deste domingo (1/8), noite no Japão, uma vaga para a grande final dos 400 m com barreiras dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O brasileiro, de 21 anos, venceu a segunda série, com o tempo de 47.31, quebrando pela quinta vez nesta temporada o recorde sul-americano. O anterior era de 47.34 e havia sido estabelecido no dia 4 de julho, na etapa da Liga Diamante de Estocolmo, na Suécia.

O brasileiro fez uma excelente prova e forçou mais o ritmo na fase final do percurso, superando o catari Abderrahman Samba, medalha de bronze no Mundial de Doha-2019, que terminou em segundo lugar, com 47.47.

Terceiro colocado no Ranking Mundial de 2021, Alison vai para a final, marcada para as 0:20 de terça-feira (3/8), no horário de Brasília, com o segundo melhor tempo das semifinais – o norueguês Karsten Warholm, recordista mundial, venceu a primeira série, com 47.30. A expectativa é de uma prova fortíssima, com possibilidades até de novo recorde mundial.

“Estou muito confiante para essa competição, treinei bastante, estou bem condicionado. Eu e meu treinador conversamos e ele disse que me daria o poder de decisão durante a prova, se eu iria correr a prova toda forte ou se eu iria escolher o momento para avançar. Eu achei que não estava fazendo uma prova tão boa até a oitava barreira, então eu resolvi não virar bem forte, mas quando passei ali me arrependi um pouco porque dava pra ter feito forte esse tiro com um resultado melhor. Mas estou muito feliz por me classificar para a final, muito contente. A gente estava planejando isso, sonhado com isso e hoje se torna realidade”, comentou o paulista de São Joaquim da Barra.

Alison acredita que a final será muito equilibrada, destacando Warholm e o norte-americano Rai Benjamin. “O Warhol e o Benjamin são favoritos ao ouro, mas são oito classificados para a final e qualquer um pode levar a medalha”, disse, sempre rindo e feliz. “Eu tenho os meus amuletos da sorte, pessoas que me colocam no chão e me fazem entender que não posso deixar o nervosismo subir para a cabeça, tenho sempre de manter os pés no chão”, completou.

Nas semifinais dos 100 m, Paulo André Camilo de Oliveira ficou em oitavo lugar na terceira série, com 10.31 (0.9). A prova foi de altíssimo nível. Tanto que os quatro primeiros – dois pela classificação e dois por tempo - passaram à final.

O brasileiro deixou a pista muito triste. “Minha prova foi bem estranha. Tomei um susto com o (Bingtlan) Su pulando na minha frente. Foi um tempo bem alto mesmo, eu sei. Estou processando tudo o que aconteceu, mas nossa realidade é o revezamento 4x100 m, não podemos fugir disso. Tenho objetivo muito grande nos 100 m, sei que o Brasil apostava muito nesses 9s, mas Jogos Olímpicos são isso. Se os 100 m não permitem erro, os Jogos Olímpicos muito menos”, comentou o velocista paulista, radicado em Vila Velha (ES). “É difícil porque trabalhamos muito até aqui. Até falei na entrevista que não me permito deixar de lutar por essa medalha. Tenho 22 anos e, nem que eu faça isso até os 80, ainda vou ganhar essa medalha um dia e correr abaixo dos 10s”, prosseguiu.

Pentacampeão do Troféu Brasil nos 100 m, Paulo André disse que ainda fará uma avaliação. “A pressão existe desde os meus 18 anos, quando corri 10.06. Cheguei muito perto. De lá pra cá, corri cinco vezes abaixo de 10.05. Os Jogos Olímpicos têm atmosfera diferente e, junto com os 100m, não permitem falha em nenhum momento. É tudo muito rápido, muito intenso e isso pode ser fatal. Estou nos meus primeiros Jogos Olímpicos e tenho que analisar o que errei até aqui”, disse. “Já virei a página. Até porque a nossa realidade é o revezamento. Nós estávamos um pouco distantes, porque cada um estava em sua prova individual, mas agora todos vão unir forças e fazer de tudo para trazer essa medalha.”

O chinês Bingtian Su venceu a série da prova, com 9.83, recorde asiático, seguido do norte-americano Ronnie Baker, também com 9.83 (recorde pessoal), do italiano Lamont Marcell Jacobs, com 9.84 (recorde europeu) e do sul-africano Akani Simbine, com 9.90. Na final, Jacobs levou o ouro com 9.80, melhorando o recorde europeu.

Duas brasileiras disputam as eliminatórias dos 200 m na etapa da manhã desta segunda-feira (2/8) no Japão e noite deste domingo, no horário de Brasília. Ana Carolina Azevedo compete na primeira série, às 22:30, e Vitoria Rosa corre às 22:54 na série 4.

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FONTE:https://cbat.org.br/novo/noticias/noticia.aspx?id=30870

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