Uma Vitória Leva à Outra

28 de Fevereiro de 2021 às 10:22

“Uma Vitória Leva à Outra” é um programa conjunto entre ONU Mulheres e o Comitê Olímpico Internacional que tem como objetivo criar espaços seguros para que meninas de 10 a 14 anos possam praticar esportes, se conhecer melhor e adquirir habilidades para a vida.

Atualmente, o programa acontece no município do Rio de Janeiro e vai beneficiar 2.500 meninas. A intenção é que o programa seja expandido para outras cidades e estados brasileiros a partir do segundo semestre de 2016.

No Rio de Janeiro, o programa conta ainda com a parceria das ONGs Women Win, Instituto Bola Pra Frente e Instituto Agenda. E tem o apoio local da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer; Secretaria Municipal de Educação; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Uma Vitória Leva à Outra/

Como funciona:
Duas vezes por semana
, no turno oposto ao das aulas escolares, as meninas se dirigem à Vila Olímpica mais próxima para fazerem uma hora de atividade física, em uma turma exclusiva de meninas, e uma hora de oficina temática, ministrada por uma psicóloga, pedagoga, ou assistente social da Vila Olímpica.

Conteúdo:
Nas oficinas, as facilitadoras trabalham um currículo desenvolvido especialmente para meninas adolescentes, com sucesso comprovado em outros 33 países. Em um ambiente divertido e acolhedor, as meninas conversam e aprendem sobre:
• autoestima e liderança;
• saúde e direitos sexuais e reprodutivos;
• empoderamento e eliminação da violência contra as mulheres e meninas;
• educação financeira.

O programa dura cerca de seis meses.

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Como participar:
As meninas interessadas em participar do programa devem se dirigir à Vila Olímpica mais próxima com a mãe, pai, ou responsável para realizar a inscrição, portando os seguintes documentos:

• Certidão de nascimento da menina
• Comprovante de escolaridade da menina
• CPF do responsável
• Atestado médico
• RG do responsável
• Comprovante de residência
• 2 fotos 3×4

Quais são as Vilas Olímpicas Participantes?

Até o final de Maio, o programa será lançado em 20 Vilas Olímpicas do município do Rio de Janeiro. Confira abaixo a grade de horários das Vilas Olímpicas em que o programa está prestes a começar:

Vila Olímpica Jornalista Ari de Carvalho – Rua Paulino do Sacramento, s/n – Vila Kennedy.

Vila Olímpica Carlos Castilho – Estrada do Itararé, 460 – Complexo do Alemão

Vila Olímpica Félix Mielli Venerando – Rua Urararí, s/n – Honório Gurgel

Centro Esportivo Miécimo da Silva – Rua Olinda Ellis, 470 – Campo Grande

Vila OLímpica Prof. Manoel José Gomes Tubino – Rua Cândido Benício, 2.973 – Mato Alto

Vila Olímpica Artur de Távola – Rua Visconde de Santa Isabel, s/nº – Vila Isabel

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Meninas e esporte:
Na puberdade, em função das pressões sociais e dos estereótipos de gênero, a autoestima das meninas tende a cair duas vezes mais do que a dos meninos, e 49% das meninas abandonam a prática esportiva, porcentagem seis vezes maior em comparação com os meninos.

Nessa fase da vida, os estereótipos de gênero e a linha que divide o que é considerado adequado às meninas e aos meninos começa a ficar muito mais evidente. Enquanto as meninas são submetidas a um controle e uma vigilância muito mais severa sobre seu corpo e sexualidade, há também uma objetificação muito maior de seus corpos pela sociedade e pelas diversas representações midiáticas.

É claro que os meninos também passam por uma série de pressões associadas a modelos perversos de masculinidade e a entrada na adolescência pode ser um processo muito doloroso para eles também. No entanto, em geral, nessa fase, eles são estimulados a ocupar o espaço público e desenvolver suas habilidades de liderança, autonomia e convívio social. Para os meninos, este é um momento de conquista de poder, enquanto as meninas começam a ser cada vez mais limitadas e privadas dessa ocupação e expansão.

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Por meio da prática esportiva, as meninas adquirem uma série de habilidades transferíveis para outras áreas da vida, como o ambiente de trabalho e as relações humanas. Por exemplo: aprendem a ter disciplina, trabalhar em equipe, respeitar as regras e jogar de forma justa, manter o foco e a persistência para alcançar metas bem estabelecidas etc. Em outras palavras, seus ganhos “em campo” possibilitam ganhos “fora de campo”.

Aliar a prática de esportes à criação de espaços seguros é fundamental para que as meninas possam se conhecer e se desenvolver livres dos preconceitos de gênero. Nesse sentido, o esporte potencializa o desenvolvimento de autoestima, liderança, conhecimento sobre o próprio corpo e sobre direitos. Investir na liderança de meninas e mulheres jovens por meio dos esportes é uma metodologia efetiva para eliminar as desigualdades de gênero e modificar percepções, atitudes e comportamentos que causam ou justificam a violência.

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Em 2030, marco para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – incluindo o ODS 5, que visa à igualdade de gênero –, as meninas adolescentes de hoje serão jovens mulheres, que devem estar preparadas para ocupar e liderar os espaços que lhes são de direito.

FONTE: http://www.onumulheres.org.br/umavitorialevaaoutra/

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